terça-feira, 27 de maio de 2008

Lulu

(Leandro) Minha Lulu vai embora amanhã ...

Guarapuava e Palmas (PR)

(Leandro) Acabamos de chegar em Foz do Iguaçu. A rotina nos últimos dias foi ‘puxada’. Viajamos mais de 5 horas de Guarapuava até Palmas, sudoeste do Paraná, quase na divisa de SC, para um concerto no mesmo dia, e mais 8 horas hoje, para um concerto daqui a duas horas .... Não é mole não. Amanhã, mais 180 km até Marechal Cândido Rondon, depois Campo Mourão, Paranavaí e Maringá. Um concerto após o outro. Assim segue nossa epopéia pelo Brasil.

Hoje lembrei muito do amigo Moisés e do Governador Blairo ao passar pela cidade de São Miguel do Iguaçu, cidade de origem das familias Maggi e Sachetti. A cidade está linda e bem desenvolvida. Talvez tenhamos tempo de retornar amanhã, quando seguirmos para M. C. Rondon.

O que nos dá força, ânimo e sentido para todo este esforço é, sem dúvida, o público caloroso e sedento por música que temos encontrado em todas as cidades que nos apresentamos. O concerto em Guarapuava aconteceu dentro da unidade do Sesc, no auditório, e foi otimamente organizado pela Silvana e sua equipe. Todos nos atenderam com muito carinho e buscaram resolver os problemas técnicos com toda presteza e atenção. Obrigado Marcel, Antônio e Lis. As lindas fotos que vocês veem abaixo foram tiradas por ela (Lis). O público prestigiou a Orquestra em peso e o auditório do Sesc ficou pequeno. Em torno de 200 pessoas conseguiram entrar, as outras ficaram no salão ouvindo o som que vinha do concerto. Conversamos com muitas pessoas depois do concerto que deram depoimentos muito especiais sobre a performance da Orquestra e a música de Villa-Lobos.

De Guarapuava até Palmas, quase fomos parar em Francisco Beltrão. Imaginem só! A diferença é de mais de 100 km. Como o concerto foi organizado pelo Sesc Francisco Beltrão, tudo levava a crer que Palmas era um local próximo ... Que ignorância! Palmas é uma cidade singular que vem se desenvolvendo muito e que está dentro do plano do Sistema Fecomércio de investimento e que promete muito para os próximos anos na área cultural. Em cima do trevo da estrada, recebi um telefone do diretor Neri: “ Vocês já estão em Palmas?”. “Onde?”, respondi. E assim ajustamos a rota e chegamos na cidade em tempo de acertar os detalhes técnicos para o concerto. Obrigado Neri, Meire e equipe pela presteza e boa vontade em resolver os problemas no último minuto. Mais uma vez, o salão principal do Clube Palmense lotou. Mais de 600 pessoas, incluindo muitas crianças e jovens, assistiram o concerto com um interesse e concentração surpreendente. O assédio que todos os músicos receberam do público foi o maior até o momento. Pessoas educadas, carinhosas e cheias de perguntas vieram até nós para dividir as sensações que a música do nosso gênio maior havia provocado. Para nós, a missão de ‘devolver’ Villa-Lobos para o Brasil segue enchendo nossos corações de momentos especiais. Como dizia o Mestre, ‘cada brasileiro que encontro é um livro aberto, é uma forma musical’. Viva Villa!

Guarapuava (PR)



Pedro Bevilaqua após concerto (Guarapuava)